ESSE PAPO TEU TA QUALQUER COISA E A ESQUERDA FESTIVA TA PRA LÁ DE TERRORISTA

terça-feira, 11 de novembro de 2008


ANISTIA - UM VERMELHO-E-AZUL SOBRE UMA CASCATA REVANCHISTA

* Artigo extraído do Blog do Reinaldo Azevedo.


Glenda Mezarobba, jornalista por formação, com especialização em ciências sociais, concedeu ontem uma entrevista a Ana Flor, da Folha. A edição houve por bem puxar para o título o que parece a afirmação mais bombástica de sua entrevista: “Desculpa por tortura faria bem a militares”. Uau! Isso quer dizer que as Forças Armadas brasileiras deveriam assumir a tortura como uma política oficial — o que ela nunca foi, é claro. Num vermelho-e-azul, listo algumas bobagens ditas pela fera, que não foi indagada sobre as ações terroristas, crime imprescritível segundo a Constituição Brasileira. Mas a entrevista é útil. Na prática, ela admite que a Lei da Anistia, como está, não permite mesmo punir ninguém. Por isso, ela defende que a lei seja "reinterpretada"

FOLHA - O Brasil conseguiu superar a ditadura militar?GLENDA MEZAROBBA - Dos quatro deveres do Estado com a sociedade na passagem para a democracia após um período de repressão, o Brasil apenas tem feito reparações às vítimas. Os outros três, estabelecidos internacionalmente, ainda não avançaram. São eles: fazer justiça, processando e punindo responsáveis por crimes contra a humanidade, o direito da sociedade à verdade, com a revelação dos crimes e suas circunstâncias, e renovação de instituições. Mesmo dentro das reparações, o Brasil apenas fez pelo aspecto econômico. Há ainda o plano simbólico, com pedidos oficiais de perdão, constituição de museus e monumentos.Vejam que ela já avançou um pouco, certo? Ela revela, talvez sem querer, a pauta secreta dos que falam apenas na responsabilização civil dos acusados de tortura. A sua revisão da Lei de Anistia prevê a punição também.

Monumentos? Ah, sugiro um. Uma estátua reproduziria a cena em que o herói do povo Carlos Lamarca assiste a seus dois imediatos, Yoshitame Fujimore e Diógenes Sobrosa, esmagarem, a coronhadas, o crânio do tenente Mendes, da Polícia Militar de São Paulo, que havia sido feito prisioneiro e não lhes oferecia qualquer risco.Também se pode fazer um monumento em homenagem a Raimundo Gonçalves Figueiredo, o “Chico”, da Ação Popular. Ele colocou a bomba que explodiu no Aeroporto de Guararapes, em Pernambuco, no dia 25 de julho de 1966 (antes do AI-5, portanto). Matou duas pessoas (uma delas era uma criança de seis anos) e feriu 13. O mentor intelectual do "ato revolucionário" foi Alípio de Freitas, que recebeu da tal comissão encarregada de arbitrar indenizações para “perseguidos” uma grana boa: R$ 1,09 milhão. Isso merece um monumento à Opera Bufa.É chato ter de lembrar disso? Nem diga! Ou se fará um monumento à ALN, à qual pertenceram Dilma Rousseff e Carlos Minc? A organização matou um pobre correntista de banco durante um assalto? Glenda tem razão: os brasileiros têm direito à memória.Aliás, a palestra que darei no Exército vai acontecer no auditório Mário Kozel Filho, uma justa homenagem a um jovem soldado — de 18 anos! — que teve o corpo dilacerado na explosão de um carro-bomba da Vanguarda Popular Revolucionária. O atentado foi praticado contra o Quartel General do II Exército, hoje Comando Militar do Sudeste. Precisamente ali, onde falarei. Noto de novo: era 26 de julho de 1968. O AI-5, que a mitologia esquerdista costuma usar como justificativa para as ações armadas, só foi decretado em 13 de dezembro daquele ano. Ah, sim, Dona Glenda: a senhora quer um monumento para Kozel, a vítima, ou para a VPR, dos assassinos. Não precisa responder.FOLHA - Como a sociedade pode se beneficiar com um acerto de contas?GLENDA - Ao não julgar e processar os violadores dos direitos humanos, o Brasil perde a oportunidade de sinalizar que na democracia tais crimes não seriam tolerados. Perde a chance de deslegitimar aquela ideologia autoritária e de romper com recriminações de grupos, contra as Forças Armadas, contra os guerrilheiros. O Brasil ainda não se dedicou à questão da justiça, mas não significa que não possa se dedicar. Não há um prazo de validade, especialmente em relação a crimes contra a humanidade como a tortura, que não prescrevem e que não são passíveis de anistia. Eu não sei se há algum problema de transcrição aí. Como não vi correção, acho que ela quis dizer isso mesmo. Como é que é? Ela quer “deslegitimar as recriminações contra guerrilheiros”? Por quê? Isso quer dizer que devemos, então, endossar seus atos? E de que recriminação ela está falando contra as Forças Armadas? Desconheço. Terrorismo também é crime contra a humanidade, certo, Glenda? Também é imprescritível. Por que a senhora quer cadeia para uns e monumento, com indenização, para outros? Eu pergunto isso porque sou, claro!, um reacionário. A senhora, que é uma progressista, pode tentar uma resposta.FOLHA - Interessa à sociedade saber detalhes do regime militar?GLENDA - Não saber oficialmente o que ocorreu significa não conhecer a nossa história. É importante que as Forças Armadas revelem tudo o que sabem. A sociedade tem o direito de conhecer sua própria história. É um período negro, mas, mesmo sem falar nos direitos de vítimas e familiares, a sociedade deve conhecer as circunstâncias das mortes e prisões.A história de Glenda é feita de vítimas e algozes, de bons e de maus, do bem e do mal. Era jornalista. Foi pra academia. Em vez de melhorar, piorou. Diga aí, ó Glenda: seqüestrador é vítima ou é algoz? E aqueles que foram seqüestrados? Sei não... Começo a achar que é realmente o caso de contar tudo. Até hoje não se sabe, por exemplo, onde foi que a ALN meteu a dinheirama do cofre do Adhemar de Barros.FOLHA - Por que seria bom para as Forças Armadas pedir perdão?GLENDA - Acreditamos que as Forças Armadas são comandadas por indivíduos democráticos, sem ligações com o regime autoritário. A instituição de hoje não tem ligação, queremos acreditar, com as atrocidades que foram cometidas no regime militar. É importante que os mais altos cargos da corporação sinalizem isso. É uma obrigação da instituição reconhecer erros, dizer que não se repetirão. Será muito salutar para sua imagem. Os militares de hoje ainda caminham sobre a linha tênue que divide presente e horrores do passado.Xiii, Glenda... Se os militares caíssem nesse papinho, a gente deveria se preocupar, não é? Em vez de nos proteger em caso de guerra, eles nos entregariam aos inimigos. A senhora comete um erro básico: de fato, a instituição de hoje não tem ligação com “as atrocidades” do passado. Mas a instituição do passado também não tinha. “Linha tênue” existe só na cabeça perturbada do revanchismo bocó. Não há tenuidade nenhuma, minha senhora. Os militares de hoje são profissionais. E, no que diz respeito ao passado, pedem o que quer toda gente razoável: que a lei seja respeitada. E a Lei da Anistia é clara. FOLHA - As atrocidades da ditadura e a violência atual têm ligação?GLENDA - Não sinalizar claramente, na passagem para a democracia, que não se vai mais tolerar a tortura não contribui para seu fim. Pretendemos ser um país democrático, mas não conseguimos interromper práticas da ditadura. [Tortura] É ainda prática da polícia. Lidar com o passado não é masoquismo ou revanchismo, como insistem alguns remanescentes do regime militar. É olhar para o futuro. Não conseguimos lidar com o legado de horror e ele continua presente no nosso dia-a-dia -talvez não para classe média e alta, mas para muitos brasileiros.Conversa mole e, com a devida vênia, picaretagem intelectual. Brasil afora, sabemos, há policias que torturam presos comuns. Perguntem o que o valente Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos, fez a respeito até agora. Eu respondo: nada! Perguntem o que Tarso Genro, ministro da Justiça, fez até agora. Eu respondo: nada! Atrevo-me a perguntar a Glenda: o que a senhora fez a respeito até agora? Nada também! E eu? Fiz o que me cabe como jornalista: já denunciei tal prática dezenas de vezes. E por que esses militantes da reparação do passado nada fazem pelos torturados presentes? Porque os coitados que se danam nas cadeias são presos sem pedigree ideológico.Glenda não diz a verdade quanto tenta estabelecer uma conexão entre a tortura aos chamados presos políticos e a tortura aos presos comuns. Ambas já existiam antes do Regime Militar. O Estado Novo, do “santo” Getúlio Vargas, torturava a valer. E o mesmo sempre fez a polícia no país contra presos comuns.FOLHA - A sra. diz que é hora de o Judiciário participar do processo.GLENDA - O processo de acerto de contas começou com a Lei de Anistia, apesar de o regime militar ter desejado, com ela, encerrar a discussão. Não, senhora! Vá estudar! Vá se instruir! Foram as esquerdas que pretenderam uma Lei de Anistia para “encerrar a discussão”. Boa parte dos setores militares, diga-se, era contra a anistia “ampla, geral e irrestrita”. Muitos queriam excluir o terrorismo. Outros queriam excluir os crimes de morte. A costura foi muito delicada. E se chegou à lei.O acerto de contas se desenvolve desde então, com três momentos importantes: a Lei de Anistia, a Lei dos Mortos e Desaparecidos de 1995, quando o Estado brasileiro reconhece as mais graves violações dos direitos humanos no período, e a lei que paga reparações, de 2002. Nesse processo, o Executivo e o Legislativo têm sido protagonistas. As Forças Armadas e o Judiciário não desempenharam seu papel, sob a perspectiva dos direitos humanos, de maneira satisfatória. O Judiciário brasileiro, ao contrário de países como Argentina e Chile, ainda não sinalizou que pode ser a esfera onde os direitos das vítimas do regime militar são garantidos. É o momento de o Judiciário rever sua posição de não-participação no acerto de contas. Pode mudar a interpretação da Lei de Anistia. Ah, bom, agora está dito. Ela quer mudar a “interpretação”. Ela pretende que o que está escrito não valha pelo que está escrito — reivindica submeter o texto a uma torção — eu diria que ela quer uma tortura teórica e política na letra da lei — para que o texto confesse o que ela quer ouvir. E noto a pilantragem intelectual de sempre, que é comparar o regime militar brasileiro com o argentino ou o chileno. Foram, em tudo, diferentes: o argentino, comandado por militares venais, matou, em números absolutos, 70 vezes mais que o brasileiro, num país em que a população corresponde a menos de um quarto da brasileira. No Chile, uma ditadura unipessoal, em números absolutos, matou-se sete vezes mais do que no Brasil, numa população que não chega a 10% da nossa. E nenhum deles matou como Fidel Castro, o amigo de todos os “mártires” brasileiros, inclusive dos que querem rever a Lei de Anistia, né? Ele responde por 95 mil mortes numa população que corresponde a 6% da brasileira. Se dona Glenda quer jogar no lixo a lei para fazer comparações, tem de fazê-las até o fim.FOLHA - Qual sua posição sobre a revisão da Lei de Anistia?GLENDA - A Lei de Anistia foi criada, durante a ditadura, cheia de eufemismos para anistiar crimes cometidos pelos militares.Mentira! Alguns dos militantes de esquerda que negociaram a Lei da Anistia estão vivos. Escancarada mentira! Foi essa lei que trouxe de volta ao Brasil, entre outros, Leonel Brizola, Miguel Arraes e Fernando Gabeira. E que tirou o Zé, o Dirceu, da clandestinidade.Quem diz que a Lei de Anistia não pode ser revisada não vê que o texto já foi muito modificado. É uma falácia a não-revisão.A falácia é sua. As modificações feitas até agora acrescentaram benefícios — sempre à esquerda, é verdade. Mas acrescentaram. Ninguém propôs mudança para lhe mudar o espírito e o fundamento.Todo o artigo segundo foi suprimido, os artigos quarto e quinto também. Ela já foi bastante modificada. Mas não há necessidade de revisar a Lei de Anistia. Há, sim, necessidade de interpretá-la da maneira correta, uma interpretação sob a ótica dos direitos humanos e do direito internacional, que afirma que não há anistia para crimes como tortura.Para Dona Glenda, dane-se o texto. É preciso lê-lo à luz da conveniência.FOLHA - A senhora critica o que chama de eufemismo no processo de reparação.GLENDA - O processo reparatório brasileiro teve peculiaridades muito negativas. A legislação criada até agora para tratar das vítimas do regime militar não usa a palavra "vítima".Huuummm... Vai ver é porque não pegaria bem em certos casos, né? Imaginem a vítima Lamarca esmagando o crânio de um facínora da Polícia Militar, não é mesmo?"Direitos humanos" é outra expressão que não está presente na lei, nem "violações aos direitos humanos".Ok. Vamos tratar disso. Em sentido amplo e para todas as vítimas, de ambos os lados."Tortura" só aparecerá em uma lei de 2004.Na mosca, né? Ela quer punir retroativamente o que nem mesmo estava definido em lei.É um equívoco criar uma comissão que vai reparar perseguidos políticos, mas a denomina "Comissão de Anistia", quando anistia, no sentido amplo, significa perdão e esquecimento. Não parece equivocado que, em plena democracia, as vítimas entrem com pedido para serem "anistiados políticos"? E que o "Diário Oficial" da União publique, como publicava durante a ditadura militar, que "fulano é reconhecido como anistiado político"? Já não passou da hora de as coisas terem a designação correta do que foram e são?Sim. Então será preciso definir, também, o terrorismo e os crimes dos terroristas. Creio que não haja mais militar na ativa que tenha praticado tortura ou que seja acusado de. Mas quantos são os políticos da ativa que praticaram atos terroristas? É, dona Glenda, pode ser uma boa idéia...A academia ficou com Glenda. O jornalismo suspira aliviado.
Comentário meu: Reinaldo Azevedo, é um dos poucos "neffstepaizz" que pega eles no pulo. Ou no truque. Ou em que denominação que se dê a isso que essa gente tenta fazer e reescrever a História do Brasil. E o que mais dizer, se não lembrar da letra da música "Qualquer Coisa" de Caetano Veloso, que encaixa-se perfeitamente em relação a esse assunto, que nem deveria mais estar sendo discutido, uma vez que a Lei de Anistia é uma das Leis Pétreas de nossa Constituição. Temos problemas mais urgentes, infinitamente maiores e importantes a resolver, como por exemplo a falta de leitos em hospitais (a falta deles próprios), segurança, saneamento básico, moradia, emprego, etc.
Ai...ai..."esse papo teu tá qualquer coisa, vocês já estão pra lá de insanos, sociopatas e doentes espiritualmente falando"...

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