O FIM DA PIROTECNIA, PELO MENOS LÁ

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


Aqui no Brasil, entre alguns setores, ele é o maior sucesso. Na Espanha, a Justiça Espanhola colocou um basta em suas atitudes, que outros países não tiveram a coragem de colocar. Por isso a Espanha chegou onde está. Porque deixou há muito tempo de olhar para trás e passou a se preocupar com o seu futuro.

Fonte: A Verdade Sufocada ( link ao lado ).

O LIMÃO & A LIMONADA

quarta-feira, 22 de outubro de 2008



RESPONSABILIDADE SOCIAL: CONHEÇA A ARMADILHA!
por Klauber Pires

Artigo extraído do site www.diegocasagrande.com.br


Antes de começar a discorrer, necessito informar que nada tenho contra um indivíduo ou grupo de indivíduos que, em uma ação isolada ou organizada de forma permanente, pratiquem a caridade e a ajuda às pessoas necessitadas; isto porque a livre associação de pessoas para a conquista de quaisquer fins que não representem a agressão à vida, à liberdade e à propriedade de outrem é a própria essência do pensamento liberal.

A doutrina liberal tem no seu âmbito econômico apenas uma face da amplidão filosófica que abrange; na verdade, o que ela protege é o direito de cada ser humano de perseguir seus sonhos e sua felicidade, e entende que isto só pode ser possível se esta pessoa for livre e puder dispor de seus próprios recursos, adquiridos de forma originária ou contratual.

As coisas vistas dessa maneira adquirem cores totalmente novas em relação à arraigada idéia prevalecente hoje de que um empresário busca somente o lucro, pois então haveremos de admitir quantas coisas boas foram criadas por pessoas que se deram à produção de algo por amor ou convicção, sendo o respectivo negócio apenas um meio de realizar o objeto de seus projetos de forma sustentada. Aliás, bem se diga, ousaria dizer que são justamente estes indivíduos os que mais têm proporcionado bem-estar à humanidade, de modo que o sucesso financeiro que desfrutam caracteriza antes uma conseqüência do que uma causa.

Bill Gates, o dono da Microsoft, tem sido um ardoroso visionário e profetizando que cada lar viesse a ter um micro-computador, já cumpriu seu projeto nos países desenvolvidos e está a poucos passos de repeti-lo nos emergentes como o Brasil. Foi a sua determinação em construir softwares amigáveis, que qualquer um pudesse operar o que tem possibilitado isto. Como ele, são incontáveis os casos de indivíduos que têm no seu negócio uma realização pessoal: pessoas que gostavam de se reunir com os amigos para degustar charutos abriram tabacarias; outras que eram elogiadas por suas habilidades culinárias abriram restaurantes ou churrascarias; e assim por diante.

Como ensina Ludwig von Mises, existe este sistema de trocas - o sistema capitalista - em que uma pessoa dá a outra algo em retribuição por algo diferente que ela deseja. Neste sistema, ninguém é obrigado a seguir sob coação as ordens de ninguém e qualquer um pode cooperar da forma como quer e de acordo com seus talentos, disponibilidades e possibilidades. Além deste, não bastante, existe também um outro, que caminha de forma paralela, no qual pessoas se unem voluntariamente para propiciarem o bem-estar de outras sem delas cobrar nada em troca.

Um sistema alimenta o outro, e o mais interessante: ambos dependem do financiamento - e portanto da aprovação – da população. Uma padaria que não se empenha em produzir os melhores pães está condenada à falência, do mesmo modo que a entidade filantrópica pode perder seus patrocinadores se eles vierem a descobrir que seus recursos são desviados ou mal empregados. Muitas vezes, estas atividades se confundem em uma só, como é o caso do médico consagrado que vai à periferia atender os menos afortunados ou da escola que distribui bolsas. Trata-se, portanto, de um complexo e intricado mutirão.

Porém, nada disso envolve a figura do que tem sido chamado de “responsabilidade social”. Responsabilidade implica “responsabilização”, tal como aquele que é “responsabilizado” (demandado) civil ou penalmente. Trata-se, portanto, de uma imputação de culpa, de delito, de má-conduta, e conforme prospere este entendimento, há ainda de se tornar uma figura juridicamente concretizada no direito positivo, se é que já não foi, tenha-se em vista a previsão constitucional de que a propriedade “atenderá a sua função social”, como estabelecido no art. 5º, inciso XXIII da nossa confusa carta magna.

A responsabilidade social nada mais é do que um conceito de origem marxista, fincado na idéia de que o empresário é uma figura maligna, que causa pobreza e exclusão social por intermédio de sua atividade e que deve pelo menos tentar expiar parcialmente a sua culpa empenhando-se na nas ditas “causas sociais”, na esperança (vã) de obter com isto a piedade de seus detratantes. Uma ilustração muito real desta visão foi proporcionada pelo próprio presidente Lula quando, logo no início de seu governo, proferiu em entrevista à imprensa televisiva nacional, por ocasião de um grande evento sobre responsabilidade social ocorrido no Nordeste, que “nem todo empresário é um sujeito ruim”. Ora, o que ele pretendia dizer com isto, senão afirmar, como um nazista, que nem todo judeu é um “sujeito ruim”?

A responsabilidade social atende a dois objetivos de uma só vez: primeiro, transfere aos empresários a responsabilidade de realizarem aquelas coisas que os políticos prometiam fazer a pretexto de aumentarem os impostos, na mesma medida em que os liberam de tais afazeres para que possam dedicar-se exclusivamente...à política, oras! Em seguida, faz com que os empresários financiem a própria destruição, já que, nos programas que patrocinam, empregam militantes que doutrinarão os seus assistidos justamente contra eles próprios, e que no futuro, ocupando posições relevantes na sociedade, exponenciem toda sorte de investidas contra a sociedade livre, seja como operadores de direito, acusando ou julgando contra os empresários, sejam como professores, detratando-os perante seus alunos, sejam como políticos ou eleitores, promulgando leis anticapitalistas.

Os empresários precisam compreender este ardil e modificá-lo a seu favor. Para tanto, nenhum jovem precisa ser alijado da escola, muito menos nenhum doente de um hospital. Tudo o que precisa ser feito é que seja protagonizada uma mudança de mentalidade, e a primeira atitude a ser tomada é justamente a extinção da denominação “responsabilidade social”, juntamente com a imputação de culpa que no conceito vem embutido. Troquem-na por exemplo, por “ação humana”, “ação empresarial”, ou o título que seus melhores profissionais de marketing sugerirem. Em seguida, mudem o script: ensinem aos assistidos sobre os valores da responsabilidade e do mérito individual, da cooperação humana, e do valor do trabalho e da atividade empresarial.

Hoje, entre os assistidos, destacam-se não os melhores profissionalmente, mas sobretudo aqueles que melhor dominam a arte da política, que nada mais é do que arregimentar a força e a vontade dos outros para seus objetivos próprios e na perseguição aos seus inimigos e rivais. Com a mudança do paradigma aqui sugerido, logo os que vão se destacar serão aqueles que, dotados de mérito e reconhecimento pelos seus pares, conhecem a fundo seu ofício e se empenham a servir aos demais – especialmente os consumidores. Agindo assim, em poucas gerações uma mentalidade mais simpática à liberdade individual e à atividade empresarial há de florescer, com gigantescos benefícios a toda a sociedade.

Portanto, caro amigo empresário, tome esta iniciativa: faça deste limão uma limonada! Reúna-se com seus sócios e amigos e modifique urgentemente esta situação!


Comentário meu: "Os homens estão sempre dispostos a coscuvilhar (*) e a investigar sobre vidas alheias, mas têm preguiça de se conhecerem a si mesmos e de corrigirem as suas próprias vidas "

Santo Agostinho]

O BRASIL ACIMA DE TUDO E DE TODOS


Carta de um ex-soldado do Exército Brasileiro
*Artigo extraído do site A Verdade Sufocada

Prezado Coronel Ustra.

Em 1970, cada vez que eu saia de casa, na cidade de São Paulo, e me dirigia para Barueri, para servir no 2o. G. Can. 40 Au. A. Aé. - Grupo Bandeirante, sentia a apreensão dos meus pais - já falecidos - que, ao se despedirem de mim, me abraçavam e me diziam que o meu Anjo da Guarda me acompanharia, tamanha era a insegurança e a incerteza que eles sentiam em relação ao meu regresso ao lar, e isso se repetia indefinidamente.
Será que se eu tivesse sido alvejado por um terrorista, quem tivesse dado o tiro estaria hoje respondendo criminalmente, como o Sr. o está, Coronel? Ou seria hoje, aquele terrorista, ministro da casa civil?
Naquela época, não havia qualquer menção, na imprensa, sobre o que ocorria no Brasil, mas meus pais SENTIAM que as ameaças à minha integridade eram reais e iminentes. Quando eu passava fardado pelas ruas do bairro, percebia o orgulho de meus amigos e parentes ao me verem irem ou voltando do quartel e um sentimento cívico - muito comum nos paulistanos da época - se estampava em seus semblantes.
Agradeço aos meus superiores da época, ao comandante da OM, aos amigos artilheiros, pela camaradagem que sempre recebi e pela excelente formação militar e cívica que complementou a minha educação de berço. Ali estava um Brasil ordeiro, patriota, organizado e feliz, onde se respeitavam professores, bombeiros, médicos, engenheiros, operários, mulheres grávidas, padres e freiras, motoristas de ônibus e motorneiros, (bonde) enfermeiros, policiais e militares das três Forças, aliás, o povo tinha verdadeiro orgulho de suas Forças Armadas. Éramos a oitava economia do mundo. Quando poderíamos imaginar que este caos moral e institucional se instalaria em nosso país?
Como poderíamos deixar a anarquia comunista interferir nos destinos da nossa Nação?
Havia muito o que se perder, Coronel, como de fato acabamos perdendo. Hoje, o passado é história e a realidade é outra. Ainda haverá muitas manifestações de entidades como a OAB, "Direitos Dusmanos", partidos de esquerda, em prol da "defesa" daqueles que empunhando armas e/ou bombas, sequestraram e mataram a sangue frio, agentes da segurança nacional e pública, militares e funcionários de embaixadas estrangeiras, para não dizer dos civis inocentes, que apenas se encontravam na "linha de tiro" quando terroristas assaltaram bancos e cofres, enquanto aliciavam as almas distraídas de estudantes e de intelectuais da época, inseguros de seus valores pátrios, morais e espirituais. Gente muito decente, eram esses terroristas guerrilheiros amadores dos anos de chumbo.
Estou chovendo no molhado, mas é preciso condenar, até os limites da exaustão, as acões criminosas e covardes dos subversivos da época, tanto quanto as suas ações atuais, desmedidamente insistentes em apurar fatos e responsabilidades por ocorrências passadas, tratando guerrilheiros assassinos como se fossem heróis nacionais da resistência armada. (sic!)
Mais uma vez, quero lhe sugerir, que separe definitivamente o joio do trigo e entenda que o Sr. não está, - e nem jamais será - condenado por coisa alguma, que teimam em lhe imputar.
Isto é apenas um jogo sujo, e incriminar o Exército, faz parte da estratégia adversária.
Esta minha recomendação, não deve ser entendida como um mero "pensamento positivo", mas sim como um um recurso lógico, fundamentado nas seguintes considerações:
Primeira:

Existem duas verdades:

A verdade relativa, rasteira, artificial, fabricada, humana, defendida por aqueles que nela sustentam sua ideologia, suas crenças e suas atitudes e a VERDADE ABSOLUTA, que está registrada e reconhecida até as alturas infinitas do Universo, para não dizer na essência da Bondade do Criador, que operará a Sua Justiça à Sua maneira, (neste tema) ainda nesse tempo e espaço, como, inexoravelmente, presenciaremos, mais breve do que imaginamos.
Portanto, nobre Coronel, pergunto-lhe, quem o está julgando?
Quem o está condenando?
Quem está tentando causar-lhe algum dano moral?
Responda a si mesmo, Coronel:
Se fosse possível perguntarmos aos espíritos de Mallet e Caxias, (para não entrarmos na esfera da religiosidade a ponto de falarmos do que pensa Cristo) se aqueles líderes militares o estariam condenando, qual seria, na sua opinião, a resposta deles?
Já que não será possível conversar com suas iluminadas almas, como o Sr. acredita que a Reserva da Força o vê?
Que avaliação o Sr. acredita que a Reserva deve estar fazendo do seu trabalho da época, na ativa?
Que grau de liderança o Sr. exerce nos dias de hoje, sobre os seus comandantes e subordinados da época?
A Reserva se sente ofendida com o constrangimento que esta campanha difamatória lhe causa?
Que tipo de expectativa o Sr. acredita que cada que nós da Reserva manifestamos em relação aos graves problemas que se aproximam, como o interesse da Rússia em montar uma base de mísseis balísticos (nucleares) na Venezuela, ou as FARC se instalarem em alguns morros do Rio ou ainda com o desaparelhamento criminoso das nossas Forças Armadas?
Coronel, não valorize nenhuma ação maldosamente arquitetada contra a sua pessoa.
Não reconheça quem lhe aponta o indicador, como sendo pessoa de bem, de princípios, de moral elevada.
Não!!!
Comunas são a escória da humanidade. São meras "pedras de tropeço". São seres incompletos, destemperados emocional e espiritualmente, que estão na Terra unicamente para promoverem a nossa evolução, para forçar-nos a ter serenidade e força interior para aplicarmos a Lei de Deus e os 10 Princípios Divinos: Fidelidade, Amizade, Responsabilidade, Paciência, Prudência, Modéstia, Fortaleza, Temperança, Respeito e Humildade com todos os seres humanos, até mesmo, com cafetões, estupradores, homicidas, serial-killers, assaltantes, narco-traficantes, políticos em geral, e comunistas.
Ainda não chegamos a esse ponto da evolução, posto que ainda não temos nem paciência, nem piedade e nem dó com quem não as merece, mas fatalmente o caminho para se evoluir deve ser esse. Só pode ser esse.
Segunda:
Analise os expedientes utilizados pelo governo através de seus tentáculos, para desmoralizar as Forças Armadas e as Forças de Segurança Pública do Estado de São Paulo, por exemplo. Repare como o modelo está se repetindo a partir de ontem, com a difamação impiedosa contra o GATE, onde qualquer jornalista, promotor ou defensor dos "Direitos Dusmanos", mesmo sem ter cursado a Academia do Barro Branco - Padrão Internacional de Referência na formação de oficiais militares de Segurança Pública - se julga ser um especialista em ações táticas e tem criticado a ação daquele grupo especializado de São Paulo, quando da ação tática utilizada para a liberação dos reféns, em Santo André, na Grande São Paulo.
Coronel, desculpe-me pela ironia, mas aquela frase da semana passada, "O Sr. não está só" agora, por ironia do destino, faz sentido também se observarmos que o GATE, o Choque e a Polícia CIvil do Estado de São Paulo - essas três, consideradas, internacionalmente, como umas das melhores do mundo - também estão sendo alvo de críticas, injúrias, calúnias e difamação.
Visitei a Academia Militar do Barro Branco em agosto de 2007, juntamente com a minha turma da ADESG - SP e assisti a uma apresentação de oficiais do GATE numa simulação de resgate de reféns, em teatro de operações apropriado, naquela academia, onde o roteiro de treinamento previa, didaticamente, o insucesso na negociação e os policiais tiveram que agir, aplicando cientificamente a técnica e a doutrina.
Foi-nos apresentado o Método Giraldi, que prevê a preservação incondicional das vidas de policiais, de reféns e até mesmo de sequestradores envolvidos. A Academia do Barro Branco treina exaustivamente seus oficiais, tanto no período de sua formação quanto na reciclagem dos conhecimentos teóricos e práticos, portanto, MAIS UMA INJUSTIÇA começa a despontar por parte da esquerda e da imprensa, para, mais uma vez (em milhares), macular o nome da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que deveria ser o orgulho dos paulistanos e dos brasileiros.
Por enquanto, a estratégia do governo está funcionando, e pouco a pouco, a população de São Paulo vai se voltando contra as suas Polícias Civil e MIlitar, quando, pelo certo, deveria sim apoiá-las incondicionalmente, principalmente porque essas corporações estão há 14 anos com os salários congelados (Polícia Civil) e seus efetivos não conseguem sequer manter suas famílias com dignidade, posto que um delegado de São Paulo recebe menos da metade do salário que recebe um delegado da Polícia Civil do Piauí, onde o custo de vida é no mínimo a metade do que se observa na Grande São Paulo e os índices de criminalidade são infinitamente maiores. Então Coronel Ustra, a espiral da estratégia governamental para o desmantelamento das Forças de Segurança, para não dizer nossa "Expressão Militar", está atacadando em diversos flancos de forma sincronizada, atingindo não só as nossas Forças Armadas como também as Polícias paulistas, mais uma vez repito, umas das melhores do mundo.
Realmente o Sr. já não está só, também pelo motivo acima.
Saudações Bandeirantes.
Viva Mallet! Ma Force d'en haut!
Joe de Souza Aranha

O BRASIL ACIMA DE TUDO E DE TODOS!!!

Comentário meu: Li com muita emoção e um enorme aperto no peito esse artigo. Não sai da minha cabeça a dor e o sofrimento que sentem as pessoas próximas, amigos, parentes, familiares e o próprio Cel. Ref. Carlos Alberto Brilhante Ustra. Homem Brilhante, até no nome, e é justamente aí que reside a sua fortaleza de caráter, excelente pai-de-família, enfim, um homem, que se não fosse por sua contribuição em prol de nossa Pátria, até os que o caluniam e o difamam hoje, por incrível que pareça não mais estariam entre nós. Por que em nome do poder e de suas benesses Coronel, eles com certeza já teriam se comido vivos, tamanho é o grau da doença que sofrem. Fique certo Coronel, que o senhor não está só não. Quando sair às ruas, observe o semblante de cada brasileiro que hoje estão na faixa entre 60 e 80 anos, que sabem e valorizam a sua missão na época. O que eles não sabem Coronel, é o seu sofrimento, a sua dor, preço que o senhor paga hoje para que eles pudessem gozar nos dias de hoje de liberdade e vida longa.
Receba aqui de coração a minha solidariedade, o meu respeito e o meu abraço!
Renam Diaz.

A HORA E A VEZ DOS ESCRACHADOS

segunda-feira, 20 de outubro de 2008


Strep-tease da feiúra
Por Percival Puggina

Extraído do site http://www.midiasemmascara.org


A boa política e a qualificação da democracia envolvem os membros das sociedades que a elas aderem num compromisso tácito com a busca sincera da verdade. Mentira e falsidade fazem mal a tudo, inclusive à democracia e à política. Quando os povos renunciam à violência como mecanismo de solução dos conflitos e se erguem sobre novos degraus na escada da civilização, passam a aceitar as regras de convivência que se vão estabelecendo pela via democrática. O modo segundo o qual isso ocorre deve muito à capacidade de falar. É através da fala que se processa o debate e a deliberação. E é através do debate que a humanidade, ao longo dos séculos, estabelece seus sensos e busca seus consensos.

Eis por que resulta impossível debater com pessoas mentirosas. Mentir é fácil e rápido. Desmascarar a mentira e restabelecer a verdade é difícil e demorado. É por isso que os mestres sofistas foram tão bem sucedidos. A eles apenas interessava vencer o debate, mesmo sem ter razão. E essa técnica – a erística – era valiosa, granjeando riqueza e poder àqueles que a dominavam.

Décadas de experiência em debates sobre temas políticos e ideológicos em jornal, rádio e tevê ensinaram-me a identificar as artes e manhas dos sofistas e dos mentirosos. Trata-se de um exercício mental divertido identificar a artimanha e constatar que se está perante um indivíduo despido de qualquer compromisso com a verdade. É uma espécie de striptease da feiúra, um encontro com a ridícula nudez de quem se oferece como padrão de beleza.

O Reinaldo Azevedo, por exemplo, fez esse exercício ao encontrar, no site da CUT, matéria sobre os entrechoques policiais em São Paulo e Porto Alegre. O jornalista observou que o site da CUT, ao abordar confrontos ocorridos em duas capitais onde o PT disputa eleições no segundo turno, acusava os governos “tucanos”. Feito o striptease da matéria, fica evidente não se tratar de conteúdo sindical, mas de texto com objetivos político-partidários. O sindicalista acusaria a instituição patronal “governo”, ou o patrão “governador”. Nunca o partido de um e de outro.

Eu faço meu próprio exercício, aqui, ao abordar o episódio ocorrido na frente do Palácio Piratini. Qualquer pessoa que tenha um mínimo registro de memória sobre os discursos dos dirigentes dos movimentos sociais e sindicais lembrará que: a) quando tratam de defender suas mobilizações contra quem reclama da ocupação dos espaços públicos, eles invocam o próprio “direito de ir e vir” b) quando bloqueiam uma rua contra o direito de ir e vir dos demais, eles invocam o seu “direito de manifestação” c) quando a autoridade pública interdita determinadas áreas ao seu direito de manifestação eles invocam o “direito de protestar” e e) quando afrontam a lei e a autoridade para invadir, destruir, apedrejar, eles invocam o seu direito de transgredir porque “sem transgressão, os reclamos populares não avançam”.

Ou seja, eles sempre encontram uma forma de justificar o que fazem contra a lei, a ordem e o direito dos demais. No entanto, quem não tem compromisso com a verdade, quem não reconhece os direitos alheios e quem mente para convencer, é, antes de tudo, mau caráter.

A EXPORTAÇÃO DO LULO-PETISMO

domingo, 19 de outubro de 2008


Artigo: Caetés é aqui, não lá (Diogo Mainardi, revista Veja)

Extraído do site http://www.diegocasagrande.com.br


Caetés. Os Estados Unidos se transformaram numa Caetés. Olhe o mandacaru em Columbus, Ohio. Olhe o retirante em St. Louis, Missouri. Olhe o menino morto de fome no estacionamento do Wal-Mart em Pueblo, Colorado. Nas últimas semanas, os americanos passaram a protagonizar um romance sertanejo. Eles choramingam melodramaticamente o tempo todo, reclamando da própria miséria: nas ruas, na imprensa, nos debates eleitorais. Como acontece em Caetés, está muito complicado pagar em dia a hipoteca da segunda ou da terceira casa. Como acontece em Caetés, está muito complicado encher o tanque do segundo ou do terceiro carro. Cada vez que o Dow Jones cai 700 pontos, aumenta o desejo dos americanos de encontrar um coronelzinho que cuide deles direito. É o que Barack Obama oferece ao Fabiano e à Sinhá Vitória dos Estados Unidos: um carro-pipa para distribuir caridosamente planos de saúde, usinas eólicas e bolsas de estudo em Harvard.

Alguns dias atrás, o presidente iraniano, Mahmoud Ahma-dinejad, anunciou o fim do capitalismo. É um retorno a Bucareste, 1965. Num lugar em que falta carne, em que falta sabonete, em que falta gasolina, o tirano ainda promete triunfar sobre o império americano. Além dos iranianos, dos venezuelanos, dos indianos, dos coreanos e dos brasileiros, os próprios americanos compraram a idéia de que os Estados Unidos caminham rapidamente para a ruína. Um editorialista do Washington Post reconheceu os sinais da derrocada do modelo americano. E uma editorialista do New York Times publicou um artigo todinho em latim, estabelecendo um paralelo com o fim do império romano. Para ela, George W. Bush só pode ser um Nero dos novos tempos. Sarah Palin, uma Pompéia. Barack Obama, um Adriano.

Nicolas Sarkozy também participou do cerco aos Estados Unidos. Ele é Alarico I. Depois de se reunir com os líderes de outros países europeus, ele sugeriu reformar o sistema financeiro global, com a finalidade de criar o "novo capitalismo". O que diferencia o novo capitalismo do velho capitalismo? O novo capitalismo é – como dizer? – menos capitalista. Segundo Nicolas Sarkozy, o sistema financeiro, em vez de pensar somente em acumular dinheiro, tem de passar a favorecer o bem-estar coletivo. Nessa nova ordem mundial, os americanos, depauperados e subalternos, precisam aprender a gerir a economia com Guido Mantega.

Em 4 de novembro, os Estados Unidos escolhem o presidente. Uma parte dessa histeria pré-fabricada, eleitoreira, se dissipará. Os americanos devem retomar rapidamente o comando. Quem sabe decidam até bombardear as usinas nucleares iranianas. Chega de mandacarus em Ohio. Chega de retirantes em Missouri. Chega de meninos mortos de fome em Colorado. Caetés é aqui. Caetés é nossa. Ninguém pode tomá-la de nós.

MÁ PESSOA E MAU PRESSÁGIO

sábado, 18 de outubro de 2008


Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 17 de outubro de 2008

George F. Will, um dos mais renomados colunistas do campo conservador, não está satisfeito com a tônica da campanha republicana, segundo a qual “não são tanto as idéias de Obama que são ruins – ele é que é má pessoa”.

No instante em que milhões de americanos estão sendo lesados nas suas contas de aposentadoria, afirma Will no seu artigo do dia 9 no Washington Post, “o esforço de McCain-Palin para fazer o eleitorado focar os olhos nas ligações que Obama teve em Chicago parece surrealista”.

O argumento não difere muito do de E. J. Dionne – um obamista – que comentei dias atrás: o público não quer saber do passado dos candidatos, mas de como eles vão governar o país e resolver os problemas do presente. No fundo, ambos os colunistas apóiam-se numa regra de etiqueta – um lugar-comum da retórica tradicional – segundo a qual debates devem concentrar-se em idéias e deixar intactas as pessoas.

Mas lugares-comuns são argumentos padronizados aplicáveis a uma multiplicidade de situações diversas, cuja diferença específica, por isso mesmo, lhes escapa. Uma idéia só pode ser discutida “em si mesma”, sem menções à pessoa do seu emitente, quando sua formulação é intelectualmente completa o bastante para garantir que ela não muda de significado quando troca de porta-voz ou de contexto. Isso só acontece com teorias científicas e filosóficas altamente abstratas. Com opiniões de políticos, jamais. A rigor, o único sentido que uma declaração de palanque pode ter é a história pregressa do seu emitente, que ela prolonga e esclarece no contexto atual, com graus variados de coerência e credibilidade conforme a situação. Quando Fidel Castro disse: “Jamais fomos comunistas”, ele era um novato na cena política, ansioso por atrair as simpatias do mundo. Quando ele declarou mais tarde: “Sempre fomos marxistas-leninistas”, era já um ditador consagrado, seguro do apoio soviético. A primeira declaração foi apenas uma captatio benevolentiae, a segunda a proclamação oficial de uma aliança efetivamente existente.

A necessidade de referir as palavras à pessoa que as profere torna-se ainda mais patente numa disputa eleitoral, quando não se trata de escolher entre idéias abstratas, mas de preencher um cargo: cargos não são ocupados por idéias, mas por pessoas. Uma vez empossado, o candidato vencedor pode mudar de idéia, mas não de caráter. As propostas de governo que ele apresente durante a campanha não são teorias que possam ser julgadas em si mesmas, porém indícios do seu caráter e da sua capacidade – indícios que, precisamente, só podem ser avaliados em função do seu passado.

Em terceiro lugar, as associações que um político tenha forjado ao longo da sua carreira não são detalhes externos que em nada afetem a hipotética pureza das suas convicções pessoais: são a substância mesma do esquema de poder que lhe dá sustentação política e financeira e cujos anseios e interesses pesarão muito mais sobre a conduta dele no cargo do que as meras idéias que ele possa ter na cabeça, idéias que, se vierem a se opor aos ditames do esquema, só condenarão seu agente ao isolamento e ao fracasso.

No caso de Obama, examinar a pessoa, o passado e as associações torna-se ainda mais obrigatório por dois motivos incontornáveis:

Primeiro: Seu discurso de campanha contrasta de tal maneira com todas as suas ações e palavras anteriores, que ninguém pode votar nele com consciência de causa sem ter primeiro esclarecido se ele mudou de idéia sinceramente ou se o novo make-up com que ele se apresenta é apenas um disfarce. Muitos adeptos de Obama – e alguns dos mais entusiásticos entre eles, como por exemplo Louis Farrakhan (v. http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=77539) – não escondem que lhe dão apoio precisamente em razão das idéias radicais que ele defendeu outrora (e daquelas mesmas associações comprometedoras que agora ele nega), e não do seu discurso moderado de hoje, que aceitam apenas como concessão tática provisória. Alguém no campo obamista deve estar enganado a respeito do seu candidato: ou os que o aplaudem por ser um esquerdista fanático, pró-terrorista e anti-americano (como o indicam seus votos no Senado e suas ligações com William Ayers, Raila Odinga, Jeremy Wright, Louis Farrakhan e similares), ou os que confiam nele por ser moderado e patriota como seu discurso eleitoral sugere. Os dois lados não podem ter razão ao mesmo tempo. Fugir dessa questão e concentrar o debate tão-somente no conteúdo do discurso eleitoral em si é fazer desse discurso um fetiche hipnótico em vez de tentar compreendê-lo no seu sentido real e concreto.

Segundo: Obama é um recém-chegado, sua carreira política a mais curta e sua biografia a mais obscura e duvidosa que um candidato à presidência americana já apresentou ao público. O próprio Obama não faz o menor esforço para esclarecer seu passado, antes busca encobri-lo por meio de subterfúgios e mentiras já várias vezes desmascaradas. Por exemplo, ele disse que jamais militou num partido socialista: já apareceram as provas de que militou em dois (v. http://newsbusters.org/blogs/p-j-gladnick/2008/10/08/will-msm-report-obama-membership-socialist-new-party). Ele disse que mal conhecia William Ayers: já está claro que foi nomeado por Ayers para a ONG Chicago Annenberg Challenge e ambos juntos arrecadaram um bocado de dinheiro para organizações esquerdistas.

Essa conduta já é suspeita o bastante, mas o respaldo solícito que ela recebe uniformemente da grande mídia chega a ser assustador, denotando uma fraude jornalística geral e organizada, muito mais temível, pelo alcance universal das suas conseqüências, do que a ocultação da existência do Foro de São Paulo pela mídia brasileira (se eu não tivesse visto este último episódio com os olhos da cara não acreditaria no que eles estão me mostrando agora).

Episódios essenciais, não só da biografia pessoal de Obama, mas da sua militância política, são omitidos sistematicamente pelos jornais e pela TV ou só saem em versão expurgadíssima, higienizada e embelezada, contrastando com a espetaculosa exibição dos menores detalhes íntimos da vida da família Palin, apresentados sempre com vagas insinuações de escândalo precisamente porque em si mesmos nada têm de escandaloso ou relevante. Alguns daqueles episódios, bastante recentes aliás, de 2006 e 2007, mostram um Obama tão diferente daquele que aparece nos debates, que nenhum observador isento pode deixar de notar o contraste e perguntar se a imagem de bom menino veiculada pela propaganda eleitoral do candidato, com a ajuda cúmplice da grande mídia, não é antes uma farsa sinistra destinada a colocar na presidência dos EUA, sob pretextos calmantes, um revolucionário odiento e pelo menos tão anti-americano quanto Hugo Chávez e Ahmadinejad.

Pelo menos uma das faces de Obama que os eleitores americanos não conhecem é tão repugnante que, ao tomar conhecimento dela, você perde na hora todo interesse pelas “propostas de governo” que ele tenha a apresentar, e começa a se perguntar quanto o senso de moralidade dos dirigentes democratas precisou baixar para que aceitassem sepultar fatos tão essenciais e construir em cima do sepulcro a imagem integralmente postiça de um candidato confiável e tranqüilizante, do qual nada mais restasse a discutir senão suas “idéias”.

Essa face, invisível ao povo americano pelo menos até o último dia 10, quando o WorldNetDaily publicou as provas cabais da sua existência (v. http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=77508), é a mais visível no Quênia, país onde Obama teve uma atuação política cem vezes mais decisiva, em escala local, do que jamais teve na América até o início da presente campanha eleitoral. Essa atuação consistiu em apoiar abertamente o líder queniano Raila Odinga e em tentar ]manipular em favor dele o próprio Senado americano. Odinga não é só um notório comunista e agitador anti-americano. É culpado de assassinato em massa. Em 2007, tendo perdido as eleições para presidente, ele desencadeou uma onda de violência, dirigida especialmente contra cristãos, mandando queimar mais de oitocentas igrejas, algumas com gente dentro, matando mais de mil pessoas e expulsando de suas casas aproximadamente quinhentas mil. A matança só parou quando Odinga foi nomeado primeiro-ministro. Obama não lhe negou apoio antes, durante ou depois desses acontecimentos.

Will e Dionne chamariam isso de “velhas ligações do tempo de Chicago”? Diriam que responsabilizar Obama por suas próprias ações em favor de Odinga é “inculpação por associação”, “insulto pessoal”, argumentum ad hominem? Achariam “surrealista” que alguém visse nessas ações um indício mais significativo da índole política e do caráter de Barack Hussein Obama do que suas promessas de campanha?

Não sei, mas sei o que eu diria no lugar deles: o destino que Obama prenuncia para a América não está nas suas promessas de futuro, mas nos fatos do seu passado.

Não chega a ser maravilhoso que um político tão enfatuado das suas “raízes africanas” se esmere tanto em esconder o mais importante episódio africano da sua biografia, que até hoje lhe rende a gratidão e o respeito dos seguidores de Odinga, ao ponto de prenderem e expulsarem do Quênia o repórter do WorldNetDaily, Jerome Corsi, enviado ao país para investigar o que Obama andara fazendo por lá?

Não há mais espaço no presente artigo para expor em detalhe outros capítulos edificantes desse exemplum vitae humanae que o pastor racista Louis Farrakhan chama, literalmente, “o Messias”. Digo apenas que ter uma carreira universitária integralmente financiada por árabes anti-americanos não é “culpa por associação”; receber ajuda de campanha do estelionatário Tony Resko e depois de eleito influenciar prefeituras para que investissem nos negócios dele não é “culpa por associação”; bloquear as medidas do governo destinada a frear os abusos de Fannie Mae e depois receber 100 mil dólares em contribuições dessa empresa não é “culpa por associação”; falsificar uma certidão de nascimento e usar de manobras judiciais para escapar à exigência de mostrar um documento autêntico não é “culpa por associação”; e muito menos é “culpa por associação” militar na Acorn (aquela que de quebra distribui milhares de títulos de eleitor falsos – v. http://news.yahoo.com/s/ap/20081009/ap_on_el_ge/voter_fraud) em favor de empréstimos bancários a devedores insolventes, e depois tentar despejar na conta dessa ONG vinte por cento dos lucros obtidos pelo governo na operação de socorro montada para tapar os rombos desses mesmos empréstimos. Nada disso é “culpa por associação”, e não há nada de surrealista em querer elucidar esses fatos. Surrealista é pretender que o eleitor pode chegar a uma escolha sensata ouvindo o que um candidato diz e fechando os olhos ao que ele fez. Naturalmente, quem ache o contrário é instantaneamente acusado de racista: prova inequívoca de que a campanha de Obama não usa de chantagem racial para proteger o candidato contra a revelação de seus crimes.

FALTA APENAS RISCAR O FÓSFORO

sexta-feira, 17 de outubro de 2008


O TRIUNFO DO ESTADO TOTAL

16/10/2008

Meu caro leitor, a conseqüência mais inesperada e importante da catastrófica crise que se instalou nas economias ditas ricas (merecem esse qualificativo porque viviam a crédito, dinheiro falso, não eram tão ricas assim) é separar o trigo do joio ideológico. Está muito claro que a raiz da crise é a exorbitância do Estado. O Estado gastou demais, incentivou o surgimento de créditos “podres”, gerou déficits orçamentários inadministráveis, o mesmo se dando no balanço de pagamentos. Todos os desequilíbrios agora aflorados são de responsabilidade exclusiva do Estado.

Mais especificamente: todos os desequilíbrios originam-se de políticas estatais de inspiração socialista. Então atribuir ao mercado – ou, pela variante, à ausência de regulação estatal sobre o mercado – a origem da crise é simples mentira, falsificação dos fatos. Mas é isso que eu tenho lido nos artigos daqueles que professam a fé socialista: que a crise é uma crise do mercado, do neoliberalismo.

O que mais me espanta não é que os defensores das doutrinas socialistas continuem na sua crença infernal. Quem adora Satanás por escolha que o faça! E o fazem, eles que controlam a maioria dos governos pelo mundo. A reação foi instantânea: para se combater os males causados pelo Estado receitam maior agigantamento da Besta. E tome estatizar bancos, emitir moeda, regular tudo. Mais do mesmo. Vale o bordão: é apagar fogo com gasolina. A conseqüência é que vivemos no momento o mais alto grau de estatização fora daquela verificada nas economias centralmente planificadas de toda a História.

O que me espanta mesmo é ver liberais doutrinários, de boa fé, receitando e aceitando esse crescimento da Besta estatal, como se ele fosse solução para os males do mundo. Configura-se um trágico engano, não apenas ideológico, mas científico. A ciência econômica tem a sua utilidade e a principal é demonstrar a superioridade da economia de mercado sobre as economias socialistas. Outra, não menos importante, é demonstrar que confiar no agigantamento Estado é trilhar caminho da servidão, que bem sabemos onde vai dar: no totalitarismo.

A crise vai cobrar seu preço em empresas falidas, em empregos destruídos, em desordem política e social, em algum grau. Faça o que fizer a besta estatal não escaparemos à purgação. Agora, na ilusão de que o Estado teria o poder de eliminar essa “destruição criadora”, permitir que a Besta cresça e esmague os indivíduos é mais do que cegueira, é suicídio. Vimos que o crescimento do Estado é secularmente irreversível, como bem o demonstra a participação da carga tributária no PIB.

A atitude certa agora é aceitar os fatos. Quem quebrar, quebrou, como fazemos quando acorre o falecimento de alguém querido: quem morreu, morreu. É fato irreversível. O Estado não tem o poder da ressurreição econômica, como não tem o poder de fazer nenhum defunto retornar à vida. Essa é a grande mentira socialista que engana as multidões, mas que não deveria enganar aqueles que tiveram a luz da ciência econômica. O Estado só tem o poder de gerar injustiça, ao custo de roubar os que trabalham.

Até o momento a vitória ideológica dos partidários do socialismo – os sacerdotes da Besta – foi total. A quantidade de pessoas que percebem a realidade como ela é, a de que o Estado é o grande perigo, na verdade o único grande perigo para a humanidade é cada vez menor. O caminho da servidão está pavimentado, em uma ida sem volta, em escala mundial. Não é só nos aspectos econômicos que os tempos atuais lembram os anos Trinta: é também na subserviência à Besta estatal e na crença irracional de que dele possa vir o Bem.

O altar no holocausto está posto e falta apenas riscar o fósforo. Quem viver verá.

Fonte do artigo: http://www.nivaldocordeiro.net/

UM PATIFE NOTÁVEL

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

obamaPor Olavo de Carvalho (*)

Como John McCain andasse falando da ligação entre Barack Obama e o terrorista William Ayers, foi imediatamente acusado pela grande mídia de instigar ódio ao candidato democrata e até de expor o pobrezinho a risco de assassinato.

Mas o verdadeiro pecado de McCain é o de ater-se a esse episódio menor e omitir os pontos altos da carreira de um dos patifes mais notáveis de todos os tempos:

1. Os estudos de Obama em Harvard foram pagos por Khalid al-Mansur, agitador racista que prometeu aos brancos americanos "o maior banho de sangue de toda a História" e é representante nos EUA do príncipe saudita Alwaleed bin Talal, que celebrou o 11 de setembro como castigo divino (http://www.newsmax.com/timmerman/obama_harvard_/2008/09/23/133199.html).

2. Obama, embora o negue com veemência, foi comprovadamente instrutor de ativistas na Association of Community Organizations for Reform Now (Acorn). A principal atividade da Acorn era intimidar bancos para forçá-los a dar empréstimos a seus militantes, em geral insolventes, plantando assim as sementes da crise bancária que eclodiu semanas atrás. A Acorn retribuiu os serviços prestados, distribuindo milhares de títulos de eleitor falsos para fortalecer a votação de Obama (v. http://www.clevelandleader.com/node/7203, http://www.lvrj.com/news/30613864.html e http://news.yahoo.com/s/ap/20081009/ap_on_el_ge/voter_fraud).

3. Várias vezes a Presidência da República pediu ao Congresso uma lei que parasse a farra dos empréstimos na empresa Fannie Mae. Obama foi contra e já recebeu mais de US$ 100 mil de contribuições de Fannie Mae, cujo executivo Franklin Raines, demitido por desvio de verbas, é hoje seu assessor econômico (v. http://nmorton.wordpress.com/2008/09/16/barack-obama-fannie-mae-lobbyists-second-favorite-senator). O deputado obamista Harry Reid diz que mencionar esses fatos é racismo.

4. Entre 2006 e 2007, Obama fez campanha, nos EUA e no Quênia, em favor do candidato presidencial queniano Raila Odinga, e continuou a apoiá-lo mesmo depois que Odinga, derrotado, mandou matar mil de seus adversários e queimar 800 igrejas cristãs, pelo menos uma, com gente dentro. A sangueira só estancou depois que um acordo nomeou Odinga primeiro-ministro. O repórter do WorldNetDaily, Jerome Corsi, enviado ao Quênia para estudar o episódio, foi preso pela polícia local e forçado a voltar aos EUA (v. http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=77877). Qualquer semelhança com operação-abafa é mera coincidência.

5. A campanha obamista já recebeu mais de US$ 3 milhões em contribuições ilegais do exterior (v. http://apnews.myway.com/article/20081008/D93M0K5G0.html). Enquanto McCain publica meticulosamente todas as quantias recebidas, seu adversário não publica nada, nem uma linha.

6. Mas a maior fraude de Obama talvez seja a sua candidatura mesma, que já recolheu US$ 450 milhões em contribuições, um recorde histórico. Intimado pelo advogado Philip Berg a mostrar o original da sua certidão de nascimento para provar que é cidadão nativo dos EUA (condição sine qua non para poder candidatar-se à Presidência), Obama, por duas vezes, preferiu esquivar-se mediante complexos artifícios jurídicos, confirmando indiretamente a suspeita de que não tem mesmo o documento. Para piorar as coisas, o candidato também se omite de mostrar seus registros médicos e seu histórico escolar, enquanto McCain fornece na hora todos os documentos solicitados. Berg, que tem 31 anos de militância democrata e já foi procurador do Estado da Pensilvânia, assegura que a cópia eletrônica da certidão de Obama, reproduzida no site oficial da campanha, é falsa (e aliás parece mesmo). A avó do candidato assegura que ele não nasceu no Havaí como diz, e sim no Quênia, onde ela mora. Vejam tudo na página de Berg, www.obamacrimes.com: 25 milhões de pessoas já viram, e mais dia menos dia o escândalo, trabalhosamente abafado até agora, vai estourar.

Vocês não leram nada disso na Folha, no Estadão e no Globo? Eu também não.

* Jornal do Brasil

* Artigo extraído do site Brasil Acima de Tudo

O que é bom para o PT é ruim para o Brasil!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008



Eis Gilberto Carvalho, o homem pio do PT. Imaginem como é o incréu
A campanha eleitoral do PT em São Paulo está sob intervenção. Seu comandante-em-chefe é Gilberto Carvalho, braço direito de Lula e ex-braço direito de Celso Daniel. É tão respeitado em certas áreas do PT, que o Apedeuta gostaria de vê-lo na presidência do partido. Taí um homem que sabe tudo do governo Lula e que sabia tudo do governo Celso Daniel. Quando a baixaria contra Kassab foi ao ar, Carvalho e o aparato propagandístico de Lula fizeram questão de anunciar que não tinham nada com aquilo. Observei aqui que o texto do Apedeuta na propaganda de Marta deixava entrever o contrário. Na Folha de hoje, há uma entrevista com Carvalho. Leiam. Comento em azul.

* Mais novo reforço da campanha de Marta Suplicy (PT), o chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, disse à Folha que o PT continuará a mostrar a história do prefeito Gilberto Kassab "em todas as suas dimensões, pessoais e políticas".
Já despachando no comitê de Marta, Carvalho afirma ter considerado "absurda" a repercussão na imprensa sobre o comercial do PT e questiona a declaração de Kassab (DEM) insinuando ligação de Marta com o mensalão, já que ela trabalhou com a mulher de Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT), Mônica Valente.
"Isso é que é preconceito." Carvalho confirmou a última participação de Lula na campanha de Marta -uma reunião com movimentos sociais na Casa de Portugal (centro), no sábado.

FOLHA - O comercial com indagações sobre a vida privada de Gilberto Kassab foi um deslize?
GILBERTO CARVALHO - Eu não chego a achar que é um deslize não. Na verdade, acho que houve um superdimensionamento na interpretação. Nós sabemos muito bem o que que é a devassa da vida privada. Nada a ver com o que aconteceu com o Kassab, ninguém fez nenhuma acusação a ele. É muito pior a atitude que o Kassab teve no debate, em que ele acusa a Marta falando da Mônica Valente. Quem é Mônica Valente? É uma cidadã contra a qual não há uma única acusação, salvo o fato de ser esposa do Delúbio [Soares]. Isso é que é preconceito. Verbal, nem é da propaganda, é dita pelo candidato. Acho estranho que a imprensa não ter registrado isso. Contra nós vale tudo. E quando ousamos levantar uma pergunta, que é uma pergunta natural, se faz esse escarcéu.
Viram? É o petismo em estado puro. Eles atacam, mas são as vítimas. Qual é o exemplo que Carvalho tem de “devassa da vida privada” de petistas? E notem, para variar, a dupla acusação contra a imprensa: a) ela teria superdimensionado a safadeza; b) não teria se indignado com Kassab. A propósito: qual é a acusação que o prefeito fez? Apenas lembrou que Mônica Valente, assessora de Marta, é mulher de Delúbio Soares, o homem do mensalão. Isso é uma questão pública, meu senhor. Entendo: se Carvalho fosse jornalista, quando aquele petista foi preso com dólares na cueca, ele teria omitido que o rapaz era assessor do irmão de José Genoino, que era presidente do partido durante toda a lambança. Bom petista, ele indagaria: “O que uma coisa tem a ver com outra?”

FOLHA - Há exagero então?
CARVALHO - Absoluto, absurdo. Absurdo. Tanto que as pessoas com quem tenho conversado, do povo, nem sequer se dão conta de que tem alguma a ver com o Kassab. Não entendi direito a resposta, mas acho que Carvalho está reclamando que a campanha não foi tão “eficaz” quanto deveria...

FOLHA - Mas não há uma alusão a homossexualismo?
CARVALHO - Eu não conversei com o João Santana [marqueteiro da campanha] sobre isso. Não tenho como te dizer. Primeiro, li na imprensa. Chegando aqui, fui ver o comercial. E fiquei assustado com a interpretação que se deu na imprensa, fiquei meio que impressionado. Quando se bisbilhotou a vida da Marta do jeito que se fez, nunca vi a indignação que se viu hoje, inclusive em seu jornal. Mas, no que depender da coordenação da campanha, hoje que estou me inteirando, esse assunto é página virada. O comercial tinha sido programado para ter dois dias de duração. Teve. Hoje [ontem] entraram outros. Agora, nós vamos sim continuar na campanha convidando a população a conhecer melhor os dois candidatos. Em todas as suas dimensões, pessoais e políticas. Entendemos que quando você entra na vida pública sua vida fica exposta, evidente, é muito difícil a distinção entre o privado e o público. Eu trabalho ao lado de uma pessoa cuja vida é devassada diariamente, que é o presidente Lula.
Carvalho era seminarista. Ainda bem que decidiu abandonar a Igreja. Ou seria mais um a perverter a Santa Madre com posições ambíguas e anfíbias. Ele reclama da suposta devassa da vida pessoal dos petistas. Mas depois diz que o partido continuará a devassar a de adversários porque isso é próprio da política. Pergunto: afinal, ele é contra ou é favor? A resposta: ELE É PETISTA. Assim, quando a prática é contra o PT, trata-se de uma sujeira; quando é contra os adversários, é só uma questão política corriqueira, entenderam.
Conheço o ex-assessor de Celso Daniel. Deixo aqui o blog à disposição para que ele exiba uma única peça oficial de campanha da oposição especulando sobre a vida privada de petistas. E noto, hein: dinheiro da Telemar na empresa do filho do presidente é questão pública, meu senhor!

FOLHA - O sr. fala em dimensão pessoal e política.
CARVALHO - Claro, é natural. É natural que você saiba o que a Marta faz, com quem ela... com quem ela... Está exposta a vida da Marta. Foi importante, aparentemente, na última eleição.
Com quem ela o quê? Com quem ela o quê? Eu não quero saber. Na verdade, se penso nisso, ficou nauseado.

FOLHA - O fato de ela ter se separado, casado de novo?
CARVALHO - Isso foi explorado à saciedade, e nós nunca nos insurgimos. Quando você entra na vida política, pública, você sabe que está sujeito a isso. A gente não apóia a exploração, mas é um pouco do ônus nosso.
Foi explorado por quem? Eu provo para Gilberto Carvalho que isso foi explorado por Eduardo Suplicy, o marido agravado; pela própria Marta, que o agravado transformou em centro do noticiário, e por Felipe Belisário Wermus, que é o J. Pinto Fernandes da história, para lembrar o poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade. Não fosse Suplicy, o Eduardo, ficar chorando pelos cantos, a repercussão do triângulo amoroso teria sido menor. Ou nem tanto: todo mundo sabe que o argentino Wermus, que se passa pelo francês Luís Favre, também faz de conta que é um pensador influente no petismo e na política brasileira. Chamou para si os holofotes. Afinal, na cultura machista latino-americana, de que o sujeito é parte, ele estava por cima.

PS: Até por ter sido assessor de Celso Daniel, Carvalho deveria dobrar a língua em matéria de questões privadas. Nunca nenhum adversário usou o fato de que Celso Daniel era um ex-casado convicto e sem filhos para atacá-lo. Aliás, desde o começo, o PT se mobilizou para criar uma blindagem em torno do assunto, ainda que ele pudesse guardar relação com nada menos do que um assassinato brutal. Não, senhor Carvalho! Vocês não estão reagindo a nada. Trata-se de uma canalhice original.
Por Reinaldo Azevedo

Comentário meu: Isso é apenas uma pequena amostra do inferno que viveremos em 2010. A falta de todo e qualquer escrúpulos, o vitimismo, o coitadismo, a farta utilização da tática de Lenin - Acuse-os do que você é; - Xingue-os do que você faz, nunca esteve tão em voga em nossa terra. Desde que esse partido chegou ao poder, o Brasil passou a ter crimes sem criminosos. O peidei mas não fui eu! Eu não sabia de nada! Fui traído mas não digo quem me traiu! É a desfaçatez desfilando em carro aberto. Até quando?

"Non nobis, Domine, non nobis, sed Nomini Tuo ad Gloriam"

"Non nobis, Domine, non nobis, sed Nomini Tuo ad Gloriam"
("Não para nós, Senhor, não para nós, mas para Glória de Teu Nome")

(Salmo de David e Lema dos Templários)

Saxon
Crusader (tradução)

(Quem ousa a batalhar contra os Sarracenos?)

O crusado, crusado, por favor me leve com você
Para as batalhas no oriente
O crudado, crusado, não me deixe sozinho
Quero cavalgar com você para suas missões
Eu estou esperando, eu estou esperando, para ficar do seu lado para lutar além do mar
Eles estão chamando, eles estão chamando, para libertar a Terra Santa

Lutar a boa luta
Acredito no que é correto
Crusado, O senhor do Reino
Lutar a boa luta
Com todo o seu poder
Crusado, O senhor do Reino

Nós estamos marchando, nós estamos marchando, para terras distantes de casa
Ninguem pode dizer se iremos voltar
Pela causa do Reino Cristão, nós teremos nossa vingança
Pagões corram do oriente, pois nós os cristões estamos chegando, com espadas em punho
Unidos pela Fé e pela causa
Os Sarracenos iram sofrer com o sabor do aço, iremos erguer a cruz na terra.

Lutar a boa luta
Acredito no que é correto
Crusado, O senhor do Reino
Lutar a boa luta
Com todo o seu poder
Crusado, O senhor do Reino

Para a batalha, para a batalha, as hordas Saracenas
Nós seguimos o rei
Avante, Avante, em direção a batalha
Nós carregamos o sinal da Cruz
Senhores da Guerra da Inglaterra, Cavaleiros do Reino
Que derramam o sangue na arreia
Cruzado, crusado a lenda esta nascendo
Seus atos serão honrados no futuro

Lutar a boa luta
Acredito no que é correto
Crusado, O senhor do Reino
Lutar a boa luta
Com todo o seu poder
Crusado, O senhor do Reino

Lutar a boa luta
Acredito no que é correto
Crusado, O senhor do Reino
Crusado, O senhor do Reino

CIRCO BRASILISTÃO

domingo, 12 de outubro de 2008


"Ad aeternum"

Olavo de Carvalho

Ao longo dos tempos, a militância socialista usou de dois meios preferenciais de luta, juntos ou alternados: o assassinato e o roubo, ou, mais genericamente, a crueldade e o embuste. A primeira fez as glórias da esquerda cubana, o segundo as da brasileira.

Nenhum governo da América Latina pôde jamais competir com o de Fidel Castro em brutalidade, nem com o de Lula em safadeza. O primeiro ficou no poder por quarenta anos enviando 100 mil cubanos ao outro mundo e mais 100 mil para a cadeia. O segundo mantém-se no alto das pesquisas conservando fora da cadeia todos os que deveriam estar nela – uma longa lista que começa nos ministros que falsificam documentos para legitimar a fragmentação do território nacional, passa pelos familiares do presidente transfigurados em milionários da noite para o dia e culmina nos terroristas estrangeiros aos quais o partido do senhor presidente prometeu e jamais negou solidariedade.

Em qualquer democracia normal, um só dos crimes desse governo – o laudo falso em prol da doação de Roraima, por exemplo – bastaria para levar o presidente ao impeachment e seus assessores ao cárcere. Aqui, centenas desses episódios acumulados provocam, no máximo, uns resmungos preguiçosos, umas gesticulações de vago descontentamento, umas simulações pusilânimes de protesto cívico e, coroando tudo, a firme decisão de não fazer nada.

Nada? Estou sendo injusto. As elites falantes dêfte paíf fazem alguma coisa, e até uma coisa revolucionária, inédita: chamam de 'normalidade institucional' o direito concedido a uma agremiação partidária de roubar o quanto queira, de distribuir a seus cúmplices estrangeiros o patrimônio nacional, de tratar como parceiros e amigos os terroristas que armam e adestram os quadrilheiros locais para que espalhem o terror nas ruas, de destruir a cultura nacional no altar da propaganda comunista e do mais vulgar show business politicamente conveniente, de abafar investigações e censurar notícias, de usar a burocracia estatal como secretaria do partido, de ofender toda semana os sentimentos morais e religiosos da população, de gastar dinheiro público numa orgia carnavalesca onde a esposa de um ministro se esfrega despudoradamente num governador e respectiva digníssima, etc.

Cada um desses episódios daria um livro, como o mensalão deu O Chefe, de Ivo Patarra ( www.escandalodomensalao.com.br). Todos juntos formariam uma enciclopédia da patifaria como jamais se viu no mundo. Mas como se convencionou que a soma desses descalabros constitui a 'normalidade institucional', toda alternativa ao presente estado de coisas parece medonha ameaça de golpe, hipótese que inspira um sacrossanto horror e conduz inevitavelmente à conclusão de que o lulismo é uma fatalidade cósmica inelutável: ruim com ele, pior sem ele. E assim vão se passando os dias, o chefe cada vez mais poderoso, os políticos 'de oposição' cada vez mais colaboracionistas, a elite cada vez mais acanalhada e subserviente, a 'sociedade civil' cada vez mais atrelada às ONGs esquerdistas bilionárias, a vontade popular cada vez mais débil, mais fácil de desviar contra alvos fictícios e bodes expiatórios, entre os quais ela própria.

O senhor Lula diz que ele e José Serra inauguraram um novo modo de fazer política. É verdade, com a ressalva de que ele não falava de duas pessoas, mas de dois partidos, gêmeos nascidos do ventre da USP. E esse novo modo consiste no seguinte acordo: nós dois vamos à ONU, pegamos cada um uma cópia do receituário globalista para a destruição das soberanias nacionais e da civilização judaico-cristã e o aplicamos no Brasil à risca, mas fazendo de conta que seguimos duas políticas diferentes e trocando uns tapinhas de vez em quando. Como prêmio, a mídia internacional dirá que somos maravilhosos e exibirá ao mundo nossa alternância no governo como prova de maturidade democrática. Os brasileiros, idiotas, dirão que é 'normalidade institucional' e, temendo rompê-la, nos manterão no poder ad aeternum.

http://www.ternuma.com.br




A MENTIRA COMO MÉTODO

sábado, 11 de outubro de 2008



Olavo de Carvalho
Diário do Comércio (editorial), 8 de outubro de 2008



Um amigo, cujo nome tenho boas razões para não declarar aqui, envia-me uma carta interessantíssima da qual desejo destacar e comentar duas observações. A primeira refere-se à farsa montada pela Folha de S. Paulo para amortecer o impacto das confissões do espião Morris Sobell, que desmantelaram uma das mentiras mais queridas da esquerda internacional, a alegada inocência do casal Rosenberg (v. www.olavodecarvalho.org/semana/080919dc.html). A segunda, aos rumos gerais do movimento revolucionário no mundo.

Primeira observação: “Se a intelligentzia da esquerda permitiu a Moris Sobell divulgar sua verdade é porque já sabe o poder que conquistou e está limpando seu passado. Como sempre, culpando os mortos. Do ponto de vista do processo de tomada de poder, tambem é uma mudança de paradigma. Mais um ponto de massa crítica foi ultrapassado e a reação ‘alquimica’ se consolida. Sobell ainda deve ter um bocado de poder. Imagine o mundo, agora majoritariamente de esquerda, saber que ele foi o Gagarin da Bomba. É um reconhecimento em vida.”

Comentário: A técnica é sempre a mesma: primeiro a negação categórica, depois o embelezamento retroativo, por fim a confissão, já com valor invertido. Até o Foro de São Paulo, quando saiu das sombras após dezesseis anos de ocultação, veio todo embonecado, com maquiagem e collant, parecia até o Gilberto Gil no baile do Scala Gay. O que foi ocultado como crime passa por uma transfiguração de modo a poder ser alardeado como mérito.

As gerações mais novas nada souberam, e as velhas já se esqueceram, da pletora de eloqüência mendaz que a mídia chique despejou em todo o globo para dar credibilidade postiça à declaração de Fidel Castro, “Quero deixar bem claro que não somos comunistas” – declaração que, alguns anos depois, passado o temor da rejeição internacional, seria substituída pelo seu oposto simétrico: “Quero deixar bem claro que somos marxistas-leninistas.” Este vídeo do youtube – www.youtube.com/watch?v=VNlKFt11Yxc – pode sanar a ignorância de uns e restaurar a memória de outros. Mas mesmo depois disso ambos os grupos continuarão acreditando na mentira cínica de que os terroristas brasileiros dos anos 70 lutavam para restaurar a democracia no Brasil, mentira que fatalmente, no tempo oportuno, será substituída pela confissão ainda mais cínica de que seu objetivo era instaurar aqui uma ditadura comunista nos moldes da cubana, que os financiava precisamente para isso e para nada mais.

Segunda observação: “Por um outro aspecto, olhando os fatos pelo contexto histórico, esse é o caminho da humanidade, não há outro. Durante muito tempo me revoltava contra o que via, hoje vejo a inevitabilidade deste destino. Não adianta me revoltar, me irritar e irritar os outros. É mais util apenas informar, mostrando o que realmente esta se passando. Sim, esse movimento revolucionario terminará. Terminará quando for a tradição sendo atacada por uma nova traição. Mas o mundo ja estará irreconhecivel.”

Comentário: Você tem razão ao dizer que o movimento revolucionário, quando terminar (o que é historicamente inevitável), terá deixado o mundo irreconhecível. É como o vício da cocaína, que o sujeito pode abandonar, mas sem obter nunca os seus neurônios de volta.

Não devemos, é claro, ter a ilusão de reverter o curso dos acontecimentos, mas também não podemos ceder a um fatalismo que só pode nos acanalhar e destruir o sentido da nossa existência. O que temos é de fazer de nossas vidas um testemunho de que o movimento revolucionário não é onipotente, de que é possível sobreviver mesmo sob o seu jugo sem lhe ceder um milímetro da nossa liberdade de consciência, de que é possível cuspir nos ídolos, desprezá-los e humilhá-los sem que eles tenham sequer a cara de pau de fazer algo de substantivo contra nós. O exemplo que deixarmos será, após o fim do pesadelo, a semente da reconstrução do sentido da vida. Deixar esse exemplo é só o que interessa. No Juízo Final, não seremos cobrados pelo que o mundo escolheu fazer, mas apenas pelo que fizemos de nossas próprias vidas.

MAIS UMA TRAGI-COMÉDIA DO CINE FORO DE SÃO PAULO

quinta-feira, 9 de outubro de 2008


DEFESA@NET 08 Outubro 2008
Gazeta Mercantil 07 Outubro 2008


Intimidades brasileiras à mostra

Rafael Correa mostra novamente o tamanho de seu bíceps a "los hermanos"

Ana Maria Géia
Editora-chefe


7 de Outubro de 2008 - Entre perplexa e inconformada, a sociedade brasileira tem acompanhado nos últimos tempos a série de bravatas, ameaças, apropriação de bens, chantagens comerciais e até seqüestro de cidadãos em países "hermanos".

Primeiro foi Evo Morales que, sem nenhum constrangimento, colocou o muque à mostra e mandou as tropas Armadas bolivianas para as refinarias da Petrobras. Depois Morales passou o lugar espezinhador ao companheiro venezuelano Hugo Chávez, que não pensou duas vezes para espinafrar os senadores brasileiros com a pecha de "papagaios". Chávez não gostou de os parlamentares terem aprovado requerimento pedindo para que seu governo devolvesse a concessão da rede oposicionista de TV RCTV. Em resposta, o máximo que o líder da Venezuela levou foi uma declaração do presidente Lula pedindo sutilmente para que ele se limitasse ao próprio espaço.

Há quem considere excessiva a tolerância e a falta de resposta à altura por parte das autoridades brasileiras. É para manter a fama de bonzinho? Pode ser, mas para tudo há limite. Os mais velhos com certeza lembrariam num momento destes do ditado tão repetido por pais preocupados em não criar características subservientes nas personalidades de suas crianças. "Quanto mais se abaixa, mais se coloca à mostra as intimidades", diriam avós indignados com o comportamento de autoridades brasileiras.

Pois as intimidades agora foram escancaradas de vez. Não bastasse expulsar do Equador a construtora Odebrecht, o presidente daquele país, Rafael Correa, mostrou mais uma vez, no fim de semana, o tamanho de seu bíceps a "los hermanos". Sem sutilezas ou papas na língua, Correa mandou o recado curto e grosso: "Senhores das transnacionais de petróleo, não brinquem com fogo porque sabem que não estou brincando", esbravejou.

Pelo menos a quem cabe a carapuça, a Petrobras, o grito ecoou violento. A Petrobras entrou no Equador em 1986, quando ganhou licitação para explorar dois blocos. Hoje, atua num terceiro bloco e suas reservas somam 44 milhões de barris. As operações no país representam 0,5% da produção total da estatal brasileira e a estatal já investiu mais de US$ 200 milhões no local, o que não impediu o governo daquele país de anunciar o fim do contrato para a exploração do chamado Bloco 31.

Correa já havia ordenado, tempos atrás, a renegociação de todos os contratos com petroleiras estrangeiras, que atualmente entregam 18% do petróleo extraído para o Estado. O governo quer ficar com todo o óleo produzido e pagar às empresas apenas os custos de extração e uma taxa de utilização da infra-estrutura. "Eu me reuni com a Petrobras e chegamos a um acordo muito claro, mas eles estão demorando demais para cumpri-lo", afirmou. "Ou cumprem as exigências ou vão embora do Equador. Não estamos pedindo esmolas, estamos pedindo justiça."

E justiça, para Rafael Correa, vem mesmo pelas próprias mãos. Ele já se sentia forte o bastante para expulsar a Odebrecht do país, confiscar seus bens no território e proibir quatro de seus funcionários de voltar ao Brasil e, depois, liberar os executivos apenas mediante assinatura da construtora de aceite de todas as exigências do presidente equatoriano - o que pode equivaler a um resgate por seqüestro.

Agora, então, com 65% de aprovação ao seu projeto constitucional, Correa ganhou reforço para seus atos de controle sobre a economia do país, tem mais força para a possibilidade de uma moratória das dívidas externas que forem consideradas "ilegítimas" e para ampla margem de manobra a fim de renegociar os vitais contratos de petróleo. No caso da Odebrecht, Correa já avisou que vai pensar se paga ou não o empréstimo que a empresa fez junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de US$ 200 milhões.

 
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